sexta-feira, 26 de junho de 2009

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Era uma semente. Um copo de iorgute usado. Algumas bolas de algodão. Alguns pingos de água. Como já disse por aqui parecia impossível brotar alguma vida dali. Tais condições são adversas e esquisitas demais para que a vida brote. Passou um dia, dois, tres, quatro, duas semanas. Até que percebo uma saliência entre os algodões. Começo a mexer um pouquinho e eis que aparece um brotinho de feijão. Dei um salto de alegria. Falei –obaaaaaaaaa ta nascendo.

Quem diria que do algodão surgiria um brotinho de feijão. Colocado ao Sol foi se desenvolvendo e já ta grandinho. É impressionante como a vida precisa apenas das condições próprias para se desenvolver. Eu diria que a vida ‘’pulsa, pulsa, pulsa’’, imitando a letra de Chico Buarque. Ela vai se desenvolvendo. O que vale para uma planta vale para uma pessoa. Basta as condições apropriadas para que uma pessoa vá se desenvolvendo e realizando o que tem dentro de si para realizar. Mas o que seriam essas condições apropriadas? Seria dar a toda criança, adolescente ou adulro um quarto cheio de brinquedos, uma boate particular ou um carro de luxo? Não. Não se trata de uma enchente de coisas materiais nem de ausência de qualquer propriedade fisica. A questão está em outra esfera. Claro que a base material é muito importante. Mas aqui me refiro á gestos do dia dia no convívio. Um olhar, uma mão estendida na direção do próximo, uma palavra de conforto enfim. A realização das potencialidades humanas vai encontrar eco na qualidade das relações humanas e no ambiente. Um olhar acolhedor e facilitador ajuda tanto quanto um pincel nas mãos de um jovem pintor iniciante cheio de possibilidades de vir-a-ser um grande artista ou não.

Um comentário:

  1. Uma coisa que aprendi foi que a vida nasce em qualquer de repente... Da mais improvável das conjugações, brota a vida, quase do nada.

    Li a sua discrição: "Aprendiz de aprendiz querendo aprender á aprender". Aprendiz sou eu :P

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