sexta-feira, 3 de julho de 2009

Convivendo com o que me é diferente



Rohden já dizia que masculino não é o contrario de feminino, pois se o fossem se destruiriam, posto que contrarios se destroem. As polaridades seriam antes de tudo complementares. Complementariedade não é destrutividade. A nao ser quando o casal tem objetivos diferentes em relaçao ao que querem no relacionamento, ai passam a destruir a convivencia pois para realizar sua vontade precisa abafar a do outro. Bem. Vivemos em um mundo em que reina a diversidade. Diversidade que cada vez mais é combatida pela globalização que tenta uniformizar principalmente gostos e produtos tendo como reflexo aumento de consumo. A padronização frente á onda das nacionalizações por exemplo em termos macrológicos. Fazemos o mesmo nas nossas relações cotidianas. Queremos catequisar os outros mas ao menor sinal de que o outro resiste ficamos de cara fechada e brigamos com eles.
O diferente nos assusta, por isso tentamos padroniza-lo. É assim por exemplo quando estamos em contato com pessoas que teóricamente possuem algum disturbio mental. Lembro das vezes que visitei um centro de apoio psicossocial e como eu tentava criar jogos ou situações que diminuessem meu medo perante eles. Eu neurótico da Silva querendo organizar a situação que me amedrontava tanto, tendo em vista a desorganização que estes usuarios aprensentam no sentido psiquico. Parece que boa parte de nós seres humanos tentamos smepre moldar os outros á imagem e semelhança nossa. E ai deixamos de sermos complementares para adquirirmos carater contrário e por consequencia destrutivo do que nos é diferente. Sejamos então mais abertos, menos preoccupados em moldar os outros, percebendo que o novo e o diferente assuta mesmo, pois de certa forma nos desorganiza. Deixamos os outros serem como são, ou como parecem que são, pois sabemos que assumimos milhoes de papeis durante a vida e sejamos complementares. Se minha namorada é impaciente, ao invés de repreende-la passo a falar com ela de forma calma explicando que naquele momento não é possivel realziar o que ela espera por exemplo. Ao impaciente mostro a paciencia, a calma amorosa que ao invés de destruir, confrontrar e consequentemente arranhar a relação, apenas mostra para aquela pessoa um outro modo de agir, de ser, que neutraliza uma possivel reação mais agressiva da pessoa impaciente. Um modo de ser e agir que vai ao encontro, que complementa as necessidades daquela pessoa em ser mais paciente por exemplo.
Complementar ao invés de confrontrar, destruir, ofender. Complementar é ajudar o próximo e a si mesmo, pois o próximo também passa a agir como um ser que nos complementa.

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